Os vereadores de Rondolândia, município a 1.600 km de Cuiabá, cassaram o mandado do prefeito Agnaldo Rodrigues (PP) em uma sessão extraordinária realizada na terça-feira (14). A cassação de Rodrigues foi solicitada após denúncias de contratações duvidosas, licitações e irregularidades no INSS dos servidores municipais. Em nota, o prefeito afirmou que foi cassado de forma injusta e alega que o processo ocorreu "porque deixou de atender interesses da câmara".
Ao todo, foram sete votos favoráveis ao afastamento e dois contrários. A sessão que julgou o pedido teve início no começo da tarde e terminou às 2h. Votaram a favor da cassação: as vereadoras Adriana de Oliveira Barroso (PR), Lígia Neiva (PTB), e Dorizete Quirino (Solidariedade) e os vereadores, Diones Miranda de Carvalho (PSB) Romilson da Luz nogueira (PRB), Joaquim Cruz Nogueira (Solidariedade) e Gilberto Aguiar Peixoto do MDB. Votaram contra, os vereadores Lindomar Ferreira da Costa (PP) e Manoel Amaral Neto (PT).
De acordo com a Comissão Processante, o pedido de afastamento do prefeito teve como base a conclusão de um relatório com 287 páginas. O material foi lido na íntegra pela comissão. Os trabalhos tiveram início depois que um morador protocolou denúncias sobre um processo licitatório para a compra de pneus, no valor de R$ 4 milhões para a secretaria municipal de educação. Em outra sessão extraordinária na quarta-feira (15), os parlamentares aprovaram a posse do vice-prefeito, Ronaldo Garcia de Bessa (PSB).
Outro lado
Ainda em nota o prefeito cassado disse que vinha sendo extorquido pelos vereadores desde o início do mandato. Em setembro do ano passado, entretanto, decidiu dar um basta às extorsões suspendendo os pagamentos, o que, segundo ele, teria desagradado os parlamentares.